O gerenciamento de mudanças garante que as mudanças de TI sejam registradas, avaliadas e autorizadas e, em seguida, implementadas no ambiente de produção de forma controladas. 

Proposito do processo

O Processo de Gerenciamento de Mudanças é responsável por garantir que métodos e procedimentos padronizados sejam utilizados para avaliar, aprovar, implantar e revisar todas as mudanças na infraestrutura e desenvolvimento de TI de maneira eficiente, a fim de minimizar o impacto relacionado aos serviços e seus usuários.

Objetivos do processo

  • Responder as requisitos de negócio do cliente  em constante mudança, enquanto se maximiza o valor e se reduzem incidentes, interrupções e retrabalho;
  • Responder às requisições de negócio e de TI para mudanças que irão alinhar os serviços às necessidades da CDSA;
  • Assegurar que as mudanças sejam registradas e avaliadas adequadamente;
  • Assegurar que mudanças autorizadas sejam priorizadas, planejadas, testadas, implementadas, documentadas e revisadas de maneira controlada;
  • Garantir que todas as mudanças sejam registradas no Sistema de Gerenciamento de Configuração (SGC)
  • Otimizar o risco geral na CDSA;

Escopo do processo

O escopo do gerenciamento de mudança deve cobrir mudança nos cinco aspectos do desenho de serviço;

  • Solução de serviço: para serviços novos ou alterados, inclusive todos os requisitos funcionais, recursos e habilidades necessárias e acordos;
  • Ferramentas e Sistema de gerenciamento de informação: principalmente o portfólio se serviço para o gerenciamento dos serviços;
  • Processo de Gerenciamento de Serviços
  • Sistema de medição, métodos e métricas;   

Política do processo

As Políticas descritas aqui são válidas e devem ser consideradas nos processos de gerenciamento de mudanças e gerenciamento de liberações.

  1. Considerações gerais sobre mudanças e liberações
  • Para toda implantação de serviço novo ou modificado e para toda remoção de serviço ou equipamento controlado no BDGC deve ser aberta uma RdM no SGS, utilizando como referência o modelo definido no Anexo I;
  • Todos os riscos devem ser identificados, avaliados e mitigados sempre que possível durante o planejamento da implantação. Nos casos onde um ou mais aprovadores julguem necessário, deve ser utilizado o aceite do risco por meio de carta formal (carta de risco) a ser assinada pelo representante da alta direção ou cliente envolvido;
  • Uma RdM pode conter as seguintes informações:
    • Plano de liberação: incluindo data e hora de início e término da liberação, objetivo, ICs envolvidos, atividades que serão executadas, áreas envolvidas com nome e contato dos responsáveis, número da RdM relacionada, riscos e ações para mitigação dos riscos e plano de comunicação (data e envolvidos);
    • Plano de retorno (rollback): incluindo os meios para restauração das funcionalidades no caso de uma liberação malsucedida;
    • Plano de testes: todas as liberações devem conter um plano de testes, os quais serão realizados após a liberação, antes da entrada em produção;
    • Tipo de estratégia para a liberação: toda liberação deve conter a estratégia definida para sua implantação, sendo estas: completa ou faseada;
    • Revisão pós-implantação: ao final da execução de uma implantação, deve ser avaliado o resultado atingido, comparando com o resultado esperado;

Observação: para que seja incluída na pauta da reunião do CCM, uma mudança do tipo planejada/normal deve estar com todas as informações acima preenchidas. As informações faltantes no momento da abertura da RdM deverão ser preenchidas pelo analista de liberação.

  • Toda RdM deve ter associação com pelo menos um registro de incidente, problema ou requisição de serviço.
  1. Tipos de mudança

As RdMs devem ter um escopo claramente definido e documentado. Para tanto, o tipo de mudança deve ser registrado de forma correta no momento da abertura da RdM.
O tipo de mudança indica a extensão do risco que uma determinada mudança pode causar no ambiente, levando em consideração sua natureza, complexidade, pessoas envolvidas, esforço de preparação, exposição a falhas e quantidade de usuários.

2.1. Emergencial

Para que uma mudança seja considerada do tipo emergencial, deve existir significativa perda ou parada no serviço, necessitando que esse seja restabelecido prontamente, a fim de minimizar ou evitar os impactos para o negócio.
A mudança emergencial sempre estará associada a um incidente crítico. A RdM deve ser submetida diretamente ao CME, convocado pelo gestor do processo de mudança
Mudanças emergenciais devem ocorrer raramente, pois falhas e interrupções de serviços são mais prováveis neste tipo de mudança.
Todas as mudanças emergenciais ocorridas devem ser documentadas, mesmo que seja após sua execução e implantação, a fim de manter-se o rastreio de todas as operações e modificações realizadas.

2.2. Planejada/normal

Mudanças classificadas como tipo planejada/normal seguirão os procedimentos normais de uma RdM, passando por todas as etapas do processo de mudança. A classificação de mudança do tipo planejada/normal deve ser utilizada quando existe uma programação para implantação da mudança.
As mudanças do tipo planejada/normal serão submetidas à avaliação do CCM, que será convocado periodicamente, atendendo à pauta definida e divulgada pelo gerente de mudanças. Aqueles que não puderem participar presencialmente participarão por conferência.
A RdM que não estiver aderente, ou seja, que não contiver todas as informações necessárias estabelecidas no processo e/ou que não foram validadas previamente entre as áreas técnicas, serão reprovadas. Sendo assim, todo formulário deve conter todos os campos preenchidos de forma clara e objetiva.
Observação: durante a apresentação das mudanças para o CCM, não será permitido planejar, alterar ou mesmo incluir qualquer item na pauta.

2.3. Padrão

Para ser considerada do tipo padrão, a mudança deve passar pelo CCM primeiramente como uma mudança planejada/normal, seguindo todo o fluxo definido. O analista responsável pela liberação deve padronizar o seu planejamento e justificar na reunião do CCM as razões pelas quais solicita que a mesma seja tratada como padrão em suas próximas execuções.
As próximas RdM abertas de mesmo teor, para serem consideradas do tipo padrão, devem ser registradas no SGS com uma referência à mudança que foi aprovada como padrão, utilizando o formulário também pré-aprovado pelo gerente de mudança. A mudança deve ter o mesmo objetivo e as mesmas atividades para as mesmas equipes da mudança aprovada inicialmente.
Alterações em alguma informação fora dos critérios definidos acima serão aceitas mediante justificativa a ser avaliada pelo gerente de mudanças.
A qualquer momento, o gerente de mudanças poderá determinar que uma mudança que já tenha sido classificada como padrão siga novamente o processo de mudança planejada/normal.
Os pré-requisitos para uma mudança ser considerada padrão são:
• A mudança deve ter baixo impacto;
• A mudança deve ter baixo risco ou risco bem conhecido;
• Existir um gatilho claramente definido que inicia a mudança;
• A mudança deve ter sido fechada com sucesso;
• A mudança deve ser realizada com frequência e com sucesso.

  1. Plano de comunicação

O plano de comunicação é parte integrante das informações necessárias para avaliação da mudança submetida ao CCM para aprovação.
O solicitante da mudança deve informar no formulário de RdM quais pessoas e áreas devem ser comunicadas sobre a mudança que ocorrerá, considerando o impacto e indisponibilidade que a
essa poderá proporcionar.

Interfaces com demais processos

  • Gerenciamento do Catálogo de Serviços: atualização do catálogo de serviços de TIC após a mudança para refletir a situação atual dos serviços;
  • Gerenciamento de Configuração e Ativos de Serviços: o BDGC terá que ser atualizado para refletir as mudanças que poderão ter sido realizadas como parte das atividades de entrega do serviço. São identificados os ICs afetados durante a mudança;
  • Cumprimento de Requisição: requisições que necessitam de mudanças para serem executadas também são gatilhos para o processo de gerenciamento de mudanças;
  • Gerenciamento de Problemas: mudanças implantam soluções de contorno e corrigem erros conhecidos. Além disso, o gerente de problemas contribui de forma significativa na abertura da RdM;
  • Gerenciamento de Incidentes: disponibiliza informações sobre falhas que, para serem corrigidas, podem necessitar de mudanças no ambiente de produção;
  • Gerenciamento de Nível de Serviço: ajustes em acordos de nível de serviços podem gerar mudanças significativas que serão controladas pelo processo de gerenciamento de mudanças;
  • Gerenciamento de Liberação e Implantação: garantir que os métodos e procedimentos padronizados sejam usados para planejar, agendar e controlar a construção, teste e implantação de liberações, para entregar novas funcionalidades requeridas pelo negócio, protegendo a integridade dos serviços existentes

Atividades do Processo

em definição

Fluxograma do processo

 em definição

Papéis e responsabilidades

  1. Dono do Processo
    • Analisar relatórios e indicadores de desempenho;
    • Propor mudanças no processo;
    • Autorizar mudanças no processo;
    • Remover impedimentos para a execução do processo;
    • Prover recursos para a execução das atividades do processo
  2. Gerente do Processo
    • Elaborar relatórios;
    • Garantir que os indicadores de desempenho sejam medidos;
    • Garantir que o processo seja executado corretamente;
    • Registrar ações corretivas, preventivas e oportunidades de melhorias;
    • Garantir a integração com outros processos
  3. Solicitante
    • Abrir requisição de mudança;
    • Corrigir requisição de mudança seguindo as orientações do gerente do processo;
    • Validar a mudança;
    • Encerrar a requisição de mudança após sua validação.
  4. Comitê de Controle de Mudanças
    • Analisar, validar, aprovar ou rejeitar mudanças do tipo normal;
    • Priorizar mudanças do tipo normal.
  5. Comitê de Mudanças Emergenciais
    • Analisar, validar, aprovar ou rejeitar mudanças do tipo emergencial.

Indicadores de desempenho

Quantidade de mudanças implantadas por período

objetivo Acompanhar a quantidade de mudanças implementadas em um determinado período
Fonte SGS
Periodicidade Mensal e anual
Regra de cálculo Somatório das mudanças registradas no período
Meta A definir

 Percentual de mudanças do tipo padrão implantadas

objetivo Acompanhar o percentual de mudanças do tipo padrão implantadas
Fonte SGS
Periodicidade Mensal e anual
Regra de cálculo Quantidade de mudanças do tipo padrão implantadas / Total de mudanças implantadas
Meta A definir

Percentual de mudanças do tipo normal implantadas

objetivo Acompanhar o percentual de mudanças do tipo normal implantadas
Fonte SGS
Periodicidade Mensal
Regra de cálculo

Quantidade de mudanças do tipo normal implantadas / Total de mudanças implantadas

Meta A definir

Percentual de mudanças do tipo emergencial implantadas

objetivo Acompanhar o percentual de mudanças do tipo emergencial implantadas
Fonte SGS
Periodicidade Mensal
Regra de cálculo

Quantidade de mudanças do tipo emergencial implantadas / Total de mudanças implantadas

Meta A definir